A cidade de Camaquã esteve no centro de uma polêmica, envolvendo o presidenteJair Bolsonaro, na última sexta-feira (19). O fato aconteceu no Hospital Nossa Senhora Aparecida, na cidade de 66,4 mil habitantes. Uma médica contratada para atuar no pronto-socorro da instituição, aplicou a nebulização de hidroxicloroquina diluída em um vereador que apresentava sintomas respiratórios.
A empresa terceirizada que faz a contratação e gestão do corpo de médicos resolveu demitir a profissional. A justificativa foi de que ela adotou tratamento não previsto em protocolos de saúde. A médica Eliane utilizou a técnica em um vereador da cidade de Dom Feliciano que estava internado no local.
Entrando ao vivo por telefone em uma rádio local, o presidente da República defendeu o chamado tratamento precoce para a covid-19 e o experimento que envolve a nebulização de pacientes com hidroxicloroquina diluída em soro, prática que ainda não é prevista em protocolos de saúde do país. O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Onyx Lorenzoni, também telefonou para a rádio e foi colocado no ar.
"A primeira vez que ouvi falar disso foi lá no Estado do Amazonas. Agora, aqui no Brasil, a pessoa é criminalizada quando tenta uma alternativa para salvar quem está em estado grave", disse o presidente.
O Hospital Nossa Senhora Aparecida, de Camaquã, estaria preparando uma denúncia que deverá ser feita na segunda-feira (22), no Ministério Público e no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), contra a médica que receitou a nebulização de hidroxicloroquina diluída.
Créditos (Imagem de capa): Carolina Antunes/Presidência da República
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