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Terça-feira, 12 de Novembro de 2024

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Militares são afastados por propagação de informação falsa em Canoas

Grupo divulgou ordem de evacuação de área sem consentimento do comando

Redação TVGO
Por Redação TVGO
Militares são afastados por propagação de informação falsa em Canoas
Giulian Serafim / PMPA
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O Exército afastou militares no domingo (26) após a divulgação, sem autorização do comando, de um alerta para evacuação de moradores de um bairro de Canoas, região metropolitana de Porto Alegre, devido ao suposto risco de inundação.

Os militares da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada, cujos nomes não foram revelados, comunicaram à população que um dique havia rompido e que o bairro Mathias Velho seria inundado. Esta ação gerou pânico entre os moradores.

De acordo com o Exército, os militares repassaram a informação sem verificar sua veracidade, baseando-se em relatos de terceiros. "Essa situação decorreu de um grave erro de procedimento", afirmou o Comando Militar do Sul em nota.

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Medidas administrativas foram tomadas para investigar o ocorrido e os militares envolvidos foram afastados de suas funções durante o processo. O Exército expressou solidariedade aos moradores e pediu desculpas pelo erro.

Informações Sobre Chuvas e Desinformação no RS

Desde o final de abril, chuvas intensas no Rio Grande do Sul resultaram em pelo menos 169 mortes, segundo a Defesa Civil estadual. Mais de 2,34 milhões de pessoas foram afetadas em 469 municípios, com Canoas registrando 27 óbitos e decretando situação de calamidade pública em 6 de maio.

Durante a crise, a disseminação de informações falsas complicou os esforços de resgate e assistência. Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) identificaram 402 anúncios fraudulentos ou desinformativos nas redes sociais. Muitos desses anúncios foram utilizados por influenciadores e políticos para autopromoção e disseminação de desinformação com fins políticos e econômicos.

O coordenador do Laboratório de Estudos sobre Imagem e Cibercultura (Labic) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Fábio Malini, afirmou que desastres criam um ambiente propício para a propagação de notícias falsas, especialmente nas redes sociais.

A Advocacia-Geral da União (AGU) firmou um acordo com plataformas de redes sociais como Kwai, TikTok, LinkedIn, Google, YouTube e Meta para combater a desinformação sobre as ações do governo federal relacionadas às enchentes. As empresas se comprometeram a tomar medidas contra conteúdos desinformativos. Dias antes, a AGU solicitou a remoção de postagens com desinformação sobre a entrega de alimentos às vítimas das enchentes.

 

 

FONTE/CRÉDITOS: Contém informações da Agência Brasil
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