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Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025

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UFRGS lidera expedição científica na Antártica para investigar mudanças climáticas

Pesquisadores brasileiros e de outros seis países exploram 20 mil quilômetros da costa antártica em uma missão que busca entender os impactos do derretimento de geleiras e alterações nos oceanos.

TVGO - Redação
Por TVGO - Redação
UFRGS lidera expedição científica na Antártica para investigar mudanças climáticas
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Uma equipe internacional de 61 pesquisadores, incluindo 27 brasileiros, embarcou no navio quebra-gelo Akademik Tryoshnikov em uma expedição científica que promete contribuir com novos dados sobre as mudanças climáticas. A embarcação partiu do porto de Rio Grande (RS) na sexta-feira (22) para uma jornada de dois meses ao longo de 20 mil quilômetros da costa antártica.

Sob a liderança do professor Jefferson Cardia Simões, do Centro Polar e Climático da UFRGS, a Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica faz parte de um esforço global para entender como o continente gelado está sendo impactado pelo aquecimento global. A missão, além de iniciar sua rota próxima à costa, visa explorar áreas ainda pouco estudadas, coletando amostras biológicas, físicas e químicas das frentes de gelo.

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Os pesquisadores farão paradas a cada 200 quilômetros para coleta de dados, focando em questões como o derretimento das geleiras e suas consequências no aumento do nível do mar, além do aquecimento do Oceano Antártico. Segundo Simões, “entender as transformações da Antártica é fundamental para prever previsões climáticas futuras e mitigar os impactos das mudanças climáticas”.

A expedição envolve cientistas de diversos países, como Rússia, Índia, China, Argentina, Chile e Peru, destacando-se pela troca de conhecimentos entre as nações. O trabalho incluirá a instalação de novos pontos de monitoramento em áreas mais frias e secas do continente, fundamentais para mapear o comportamento do permafrost.

O navio Akademik Tryoshnikov, pertencente ao Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica da Rússia, foi projetado para operar em condições extremas, permitindo aos cientistas alcançar locais apenas em uma ferrovia da costa. A missão será concluída em janeiro de 2025, quando os dados selecionados forem analisados ​​para criar um panorama global dos impactos climáticos.

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