O Ministério da Saúde autorizou farmácias a realizarem testes rápidos para infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), incluindo HIV, sífilis e hepatites virais. A medida faz parte de uma estratégia para facilitar o acesso à testagem, contribuindo para a meta de eliminar infecções determinadas socialmente até 2030, conforme compromissos internacionais.
Estima-se que 39,9 milhões de pessoas vivam com HIV globalmente, sendo que, no Brasil, cerca de 1 milhão possuem o vírus. O diretor do Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis afirmou que os testes rápidos nas farmácias são uma ferramenta para ampliar o acesso à testagem, especialmente para aqueles que não buscam ou não têm acesso aos serviços de saúde pública.
Os testes estarão disponíveis para pessoas de todas as idades, mas crianças menores de 12 anos devem estar acompanhadas por pais ou responsáveis. Adolescentes entre 12 e 18 anos desacompanhados poderão ser testados após avaliação da farmácia sobre sua capacidade de discernimento.
Esses testes funcionam como triagem e não substituem o diagnóstico final, que deverá ser confirmado por um serviço de saúde autorizado. Em caso de resultados positivos para doenças de notificação obrigatória, a vigilância epidemiológica deve ser informada, e o paciente encaminhado para diagnóstico completo e tratamento, se necessário.
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