Uma operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na manhã desta quarta-feira (4) investiga crimes relacionados a licitações fraudulentas e desvio de recursos públicos na área da saúde de Torres, município localizado no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. Entre os alvos da operação estão o prefeito Carlos Souza (PP), a secretária de Saúde Suzana Machado e outros servidores da pasta. A ação foi autorizada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, devido à prerrogativa de foro do chefe do Executivo.
A operação cumpriu nove mandados de busca e apreensão em várias cidades do Rio Grande do Sul, como Torres, Xangri-lá, Arroio do Sal, Porto Alegre e São Leopoldo, além de um mandado em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Durante a operação, a PF bloqueou R$ 760 mil em contas bancárias, apreendeu veículos e confiscou imóveis de luxo, cujos valores ainda não foram divulgados.
A investigação teve início quando a Prefeitura de Torres aderiu a uma ata de registro de preços de outro município, o que resultou na contratação de uma empresa para prestação de serviços médicos. A PF identificou irregularidades, como sobrepreço nos serviços contratados, fraquezas na fiscalização e na renovação de contratos. A empresa envolvida foi contratada novamente por dispensa de licitação após o término do primeiro contrato, mesmo com propostas mais baratas de outras empresas.
Em nota, a Prefeitura de Torres esclareceu que o contrato investigado foi encerrado em 2022 e que a operação está relacionada à adesão a uma ata de contrato da Prefeitura de Cidreira, de 2017. O prefeito Carlos Souza, que permanece cumprindo suas funções no município, declarou que está empenhado em colaborar com as investigações e esclarecer o ocorrido.
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