A psicóloga Júlia Andrade Cathermol Pimenta, que estava foragida desde 28 de maio, entregou-se à polícia na 25ª Delegacia de Polícia, durante a noite da terça-feira (04), no Rio de Janeiro. De acordo com a polícia, ela é a principal suspeita de envolvimento na morte do empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond, cujo corpo foi encontrado em estado avançado de decomposição no dia 20 de maio.
Segundo relatos, Júlia chegou à delegacia usando capuz cinza e máscara, acompanhada de sua mãe e padrasto, que prestaram depoimento. Em seu depoimento inicial, Júlia mencionou ter saído do apartamento do empresário após um café da manhã, mas o corpo dele foi descoberto pelos vizinhos após detectarem um forte odor vindo do local. A última vez que Luiz foi visto foi no dia 17 de abril.
Durante as investigações, a polícia passou a considerar Júlia como suspeita do crime. Ela relatou um relacionamento esporádico com a vítima desde 2013, mudando-se para morar com ele em abril deste ano. De acordo com os policiais, a motivação do crime seria econômica, já que ambos estavam em processo de formalização de união estável, mas a vítima teria desistido da formalização.
A defesa de Júlia negociou sua rendição por mais de 12 horas, antes dela se entregar à polícia. Ela optou por exercer seu direito constitucional de permanecer em silêncio e não prestou depoimento. Além disso, foram ouvidos depoimentos de familiares de Júlia e medidas cautelares foram solicitadas para rastrear suas movimentações financeiras. A polícia também apreendeu alguns bens da vítima e prendeu outra suspeita, Suyany Breschak, que teria conhecimento prévio do crime.
O caso
No apartamento onde residia no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio de Janeiro (RJ), o corpo de Luiz foi encontrado, no dia 20 de maio, em estado avançado de decomposição por bombeiros, após vizinhos alertarem sobre um odor suspeito. De acordo com a perícia, Júlia teria entregado um brigadeirão com o remédio Dimorf, um medicamento à base de morfina e o empresário teria ingerido o doce envenenado.
Na segunda-feira (03), um funcionário de uma farmácia esteve na delegacia e informou aos policiais que Júlia comprou o medicamento com uma receita controlada e apresentou o comprovante da compra no valor de R$ 158,00.
A investigação continua em andamento para esclarecer os fatos relacionados ao caso.
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