A Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul completou um mês de atividades, contabilizando R$ 85,7 bilhões em investimentos do governo federal. Esses recursos foram destinados a medidas de socorro e apoio à população, empresários, e às administrações estadual e municipais desde o início da calamidade pública no final de abril.
De acordo com um balanço divulgado na segunda-feira (17), 30 mil profissionais das Forças Armadas e forças de segurança do Ministério da Justiça e Segurança Pública participaram no salvamento de 89 mil pessoas e 15 mil animais. Foram construídos 13 hospitais de campanha pelas Forças Armadas e pela Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), atendendo 15 mil pessoas. O Ministério da Saúde enviou 8 milhões de medicamentos e insumos e 21 mil pessoas foram vacinadas contra a influenza. Adicionalmente, R$ 282 milhões foram destinados à manutenção dos serviços de saúde.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social forneceu recursos para serviços humanitários, incluindo a compra de água, banheiros químicos, cobertores e alimentos. Mais de 18 mil toneladas de doações foram transportadas e 52 mil cestas de alimentos entregues. Empresários e o governo federal doaram 3 mil botijões de gás a cozinhas solidárias, com um investimento de R$ 1,8 milhão.
O programa Auxílio Reconstrução repassou R$ 5,1 mil a cada família afetada pelas chuvas, totalizando R$ 663 milhões para mais de 100 mil pessoas. Um plano de aquisição de moradias prontas foi lançado para famílias desabrigadas, e o programa Minha Casa Minha Vida/Reconstrução está cadastrando novas habitações.
O governo adicionou 21,7 mil famílias ao programa Bolsa Família, beneficiando 658 mil famílias em junho. Além disso, 900 mil contribuintes do Imposto de Renda tiveram suas restituições antecipadas.
Para apoiar empresas, foram liberadas três linhas de financiamento totalizando R$ 15 bilhões. O Pronampe emergencial emprestou R$ 1,3 milhão a 13 mil empresários. Além disso, 434 mil trabalhadores formais receberão um salário mínimo por dois meses, e R$ 1,7 bilhão foram liberados para saques do FGTS e parcelas adicionais de seguro-desemprego.
O Rio Grande do Sul teve a suspensão de sua dívida com a União por três anos, liberando R$ 11 bilhões para a reconstrução do estado. Mais de R$ 12,1 bilhões foram transferidos aos municípios afetados. A infraestrutura foi restaurada com a liberação de 112 trechos de rodovias e restabelecimento de serviços de telecomunicações e energia.
A Defesa Civil Nacional aprovou 566 planos de recuperação com investimentos de R$ 474,8 milhões. O Banco do Brics destinou R$ 5,7 bilhões para infraestrutura e mobilidade urbana.
A Secretaria Extraordinária para Apoio à Reconstrução foi criada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para centralizar as ações de 17 ministérios na recuperação do estado. Desde o início da calamidade, o governo federal investiu R$ 85,7 bilhões em diversas medidas de socorro e apoio.
As chuvas resultaram em 176 mortos, 806 feridos e 39 desaparecidos. Mais de 326 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas, afetando 2,39 milhões de habitantes em 478 municípios do estado. A destruição incluiu residências, estabelecimentos comerciais, escolas, prédios públicos, pontes e estradas.
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