O Rio Grande do Sul tem enfrentado eventos climáticos extremos nos últimos anos, incluindo volumes inéditos de chuvas e um recorde histórico de inundação no Lago Guaíba, resultando em uma situação de calamidade pública no estado. Esses fenômenos podem estar relacionados às mudanças climáticas, atribuídas ao alto volume de emissões de carbono decorrentes de atividades como queima de combustíveis fósseis, desmatamento e produção não sustentável.
A multinacional chilena CMPC, que possui operações florestais em 75 municípios do Rio Grande do Sul e uma unidade industrial em Guaíba, está implementando ações para combater o aquecimento global. A empresa planta eucaliptos em áreas produtivas e preserva mais de 200 mil hectares. Suas florestas plantadas capturam carbono através da fotossíntese, neutralizando emissões equivalentes a cinco vezes o transporte terrestre de Porto Alegre, segundo dados do inventário de emissões do município.
Desde 2019, a CMPC estabeleceu metas ambientais globais, como reduzir em 25% o uso de água em processos industriais e se tornar uma organização zero resíduo até 2025. A empresa também pretende diminuir em 50% as emissões de gases de efeito estufa e aumentar em 100 mil hectares as áreas de conservação ambiental até 2030.
A "Estratégia de Natureza, Conservação e Biodiversidade" da CMPC visa restaurar a vegetação nativa em suas áreas de conservação. No Rio Grande do Sul, o Projeto BioCMPC é o maior investimento em sustentabilidade do estado, reduzindo 60% das emissões atmosféricas na unidade industrial de Guaíba.
A CMPC também utiliza hidrovia para transporte, movendo 2,5 milhões de toneladas por barcaças pela Lagoa dos Patos em 2023, o que evita 100 mil viagens de caminhão e elimina a emissão de aproximadamente 56 mil toneladas de carbono.
A CMPC foi reconhecida pelo Índice Dow Jones de Sustentabilidade como a empresa mais sustentável do mundo na categoria Celulose e Papel. Em 2024, liderou o ranking de Sustentabilidade Corporativa da S&P Global e o indicador de Sustentabilidade do Fastmarkets Forest Products PPI Awards.
Entre as ações da CMPC, destacam-se:
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Carbono Negativo: Em 2022, as operações da CMPC emitiram 1.083.981 tCO2e, enquanto suas florestas capturaram três vezes mais CO2. O estoque de carbono nas áreas de conservação atingiu 53.197.908 tCO2e no final de 2022.
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Matriz de Energia Limpa: Desde 2019, a unidade de Guaíba utiliza biomassa para gerar energia, mantendo 84% de autossuficiência e comercializando o excedente. A produção anual de energia é suficiente para abastecer uma cidade de 50 mil habitantes.
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Recursos Hídricos e Efluentes: A CMPC utiliza um sistema de tratamento de efluentes que devolve água ao Lago Guaíba com maior pureza. A empresa também redireciona água da chuva para atividades de limpeza e usa drones para aplicar herbicidas, reduzindo o consumo de água em suas operações florestais.
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